sexta-feira, março 30, 2007


Fui ver o último filme do Nanni Moretti. Gostei. Sou fã dele há muito tempo. Segundo li em vários locais, Il Caimano foi dos filmes com maior êxito de bilheteira em Itália.

Até nem me surpreende. Mesmo assim ainda consegui ficar espantada com os comentários do político que lá é "homenageado". Ainda me espanta...


À beira Tejo. Numa manhã bonita de Sol e calor.

quinta-feira, março 29, 2007


Foi no dia 17 de Março.

A pretexto de um passeio entre avós e netos incluído no programa da meia maratona de Lisboa deste ano, acabou por se juntar malta de todas as idades junto ao Tejo e foi divertido! Vi na primeira fila um senhor de idade tão entusiasmado que abanava a bengala no ar e quase corria... O efeito psicológico de estar a participar num evento com os netinhos... Nesta nossa sociedade devia promover-se muito mais este intercâmbio entre gerações, é verdade.


(Uma família amorosa... beijinhos para os três!!)

As flores desta Primavera...e um avião







Esta Primavera não tenho flores por mim criadas mas isso não quer dizer que elas não estejam nos meus olhos. E na lente da minha rudimentar máquina digital. Estas foram captadas há muito poucos dias. Aproveitei também para olhar para o céu e, ops, parecia o 11 de Setembro de 2001... mas em Março...



quarta-feira, março 28, 2007

as flores da Primavera passada



Pois é, descobri-as na minha antiga máquina digital.
Foram talvez das primeiras experiências que fiz com flores e, vóilá, algumas nasceram e floresceram mesmo! Apesar do pouco amor, carinho e cuidados neonatais que lhes dispensei, porque não foi ano de grande abundância destes sentimentos.

Mas ainda bem que as fotografei porque é óbvio que me orgulho muito das primeiras flores que saíram realmente das minhas mãos! E agora vão aqui ficar imortalizadas...
Agora noutro dia de fim-de-semana... No zoo de Lisboa.
Gosto mais de ver os flamingos todos reunidos ao pé da Ponte Vasco da Gama. Quando lá passo tenho de me controlar para não ter um acidente porque só me apetece ficar a olhá-los indefinidamente... São tão bonitos, principalmente quando a maré está baixa e o tejo tem, naquele local, apenas uns cms de altura. Como não posso parar na ponte para os fotografar, vou deixar ficar os salmões do zoo.



Ainda o parque de Monserrat... naquele Sábado quente e leve encantei-me com as cores da natureza, e não só. Embora a máquina não tenha a qualidade que eu gostava, aqui ficam mais algumas imagens que vão ficar na minha memória por muito tempo!



Apeteceu-me viver naquele palácio e poder desfrutar da vista para a serra sempre que quisesse. E que todos os dias fossem como aquele! Foi tão bom estar deitada na relva ao sol, ouvindo os pássaros e as abelhas. Autêntico bucolismo primaveril!

A imagem seguinte transportou-me para outros lugares distantes na História e no espaço...


Ao longe, o Palácio da Pena...

Turtles


Eram as minhas tartarugas quando eram bébés. Agora perdi-lhes o rasto mas hoje estou a publicar estas fotos porque tenho saudades e sonhei com elas na noite passada!



Sintra


Foi há uns fins-de-semana atrás, quando a Primavera a tender para o Verão apareceu e esteve um dos dias mais bonitos de que me lembro nos últimos meses...
Eu aqui tão perto e sem nunca o ter conhecido!
Parque de Monserrat.











dia mundial do teatro...

Foi ontem...
Na sala do S. Luiz (que estava cheia, por sinal) a média de idades era concerteza mais baixa do que a minha, e isso foi agradável de ver! Quem se portou pior foram os mais velhos porque desde um trio de senhoras bastante idosas que não se calaram nem um minuto durante a peça até (felizmente) irem para casa no intervalo, a um casal de cinquentões que mascava avidamente pastilha elástica na fila por detrás de nós, tudo parece ser possível durante um espectáculo... (aqui há tempos, durante um filme, uma senhora que estava sentada ao meu lado atendeu, com o maior dos descaramentos, o telemóvel e, para meu grande espanto e irritação pôs-se a falar como se estivesse numa esplanada...).

quarta-feira, março 21, 2007

Monsanto e um piquenique na relva

Quem disse que monsanto continua a ser o local degradante de antigamente, em que chulos e prostitutas toxicodependentes se misturam com jovens quase GNRs a treinar atletismo e clientes topo de gama estacionados nas valetas?

O monsanto de hoje foi um monsanto verde, com vista para um Tejo pacífico e um céu muito azul. Um monsanto onde famílias passeavam os seus cães e um grupo de crianças de uma escola brincava ao Sol. Um monsanto onde o grupo do meu laboratório resolveu fazer um piquenique para comemorar a chegada da Primavera. Uma fase do ano que me é muito querida. Doidos? Não! É que estamos aqui tão perto que achámos um desperdício não aproveitar este dia tão bonito.
Pela primeira vez desde há muito tempo vi uma joaninha a passear na relva.


Half Nelson

Fui procurar o que significa o título original do filme. É impressionante as traduções completamente descabidas que são feitas neste país. Valha-nos ainda o bom senso de podermos continuar a ver filmes na sua versão original, sem dobragens...

Half Nelson: golpe de luta livre em que se imobiliza o adversário através de uma chave de braço.

Pelo caminho, encontrei também o texto seguinte num blog chamado "Cinerama" http://cinerama.blogs.sapo.pt/130226.html e não resisti a publicá-lo aqui porque define exactamente o que eu acho do filme:
"Ryan Gosling reveste a sua interpretação de uma impressionante contenção e envolvência, colocando toda a sua vulnerabilidade num sorriso, todos os seus medos numa simples hesitação, e toda a decadência americana num penso-rápido colado a um lábio inferior.
Envolvido numa fantástica banda sonora, onde se destacam os Broken Social Scene, “Half Nelson” fala da dificuldade de aceitarmos a contradição dentro da unidade, que uma árvore possa estar torta e direita ao mesmo tempo, que seja forte e, simultaneamente, fraca, ou, de exigirmos que o ser humano seja bom ou mau, exclusivamente. Como é dito no filme “uma coisa não define um homem”. Tudo é mais complicado que isso."



Fiquei completamente banzada com a interpretação do Ryan Gosling. Fiquei mesmo! Com a demonstração dos seus sentimentos mais profundos apenas com o olhar. Parecia tudo muito real... Senti um arrepio na espinha na cena em que ele repara no anel de noivado que a ex-namorada tem posto na mão esquerda. Sem dizer nada, disse tudo. As únicas palavras que lhe saíram foram "quem é o sortudo?". Não disse mais nada. Não demonstrou a sua dor de mais nenhuma forma. Só aquele olhar. Aquele baixar de cabeça desesperado...

(Tempos houve em que o teu olhar, J., era também o espelho completo da tua alma para mim)

Essa história no meio da história tocou no meu interior. A forma como eles se olhavam dizia tudo, para toda a gente, excepto para eles. Dantes, na minha ingenuidade teenager, pensava que a única razão que levava duas pessoas que se gostavam a separar-se era terem deixado de gostar uma da outra. Hoje em dia sei que as pessoas crescidas inventam muitas outras razões para que tal aconteça. Resta então apenas o olhar. Aquele olhar.

terça-feira, março 20, 2007

A vida dos outros

O filme da noite passada.

Fiquei a pensar nele e as suas imagens e diálogos andaram a saltitar nos meus neurónios enquanto dormia. Misturados com muitos outros temas. Estas noites de grande agitação onírica deixam-me cansada mas, ao mesmo tempo, com um sentimento de que estou muito viva. São as noites de limpeza cerebral, como eu gosto de lhes chamar.
Recomendo.
Não há nada que se faça que não nos ensine algo. Bom. Ou mau.

No fim do filme, enquanto via passar o genérico, de luz apagada na sala do cinema (um ritual que continuo a preservar e que felizmente ainda é possível fazer em algumas salas de cinema da capital), lembrei-me do meu 9º ano na Escola Secundária de Carnide e do dia de 1989 em que a minha professora de História entrou na sala a dizer-nos que estávamos a viver um momento que ficaria para a eternidade da humanidade, por muitas e variadas razões: a queda do muro de Berlim. Foi realmente um momento histórico, no matter what. A que a minha geração assistiu. Feitas as contas, já passaram cerca de 18 anos desde então. Senti-me estranha naquele momento, na penumbra da sala de cinema. O sentimento de quem assistiu a um acontecimento na época da sua ocorrência e que está agora na fase em que, anos mais tarde, assiste a um filme sobre esse mesmo acontecimento. Deve ser isto o estar crescida?!...

domingo, março 18, 2007

conchas e lilases

O mês de Março já vai largo. A primavera prestes a avançar a todo o vapor. E o calor despertou em mim uma calma e uma alegria há muito por mim desconhecidas...
Já só penso em praia e em Sol!
O meu terraço novo é uma descoberta fantástica. Já me aconteceu, em plena Lisboa, estar a estender a roupa e ouvir o ladrar de um cão, o canto de um galo ou o chilrear dos passarinhos.

Vou tentar ser agora mais assídua deste blog. Mas o pouco tempo disponível que tenho tido para estar na net para pouco mais dá do que para consultar e responder a mails...

O meu sobrinho está cada vez mais falador e eu cada vez mais apaixonada por ele. Agora que o tempo melhorou muito temos feito vários programas com ele ao ar livre. Os miúdos da cidade acabam, infelizmente, por passar mais tempo do que deviam dentro de casa. Não se pode ter tudo, claro. Mas a minha querida cidade tem cada vez mais disponíveis alternativas de muita qualidade.

Bem perto da minha casa existe um parque muito interessante e bem frequentado - Quinta das Conchas e dos Lilases. É bom ver também que as pessoas aderem finalmente à natureza citadina. Gosto de pensar que existem cada vez mais lugares como aquele. Há umas semanas decidi não trabalhar numa sexta-feira à tarde e ir lá dar um passeio. Senti vontade de ter um cão para me acompanhar. De ir a correr adoptar o mais rafeiro e simpático cão que estivesse disponível num qualquer canil. Só que um cão (bem como as pessoas...) não pode ser usado apenas de vez em quando, de modo que quando me lembrei do trabalho que dá e do só que ele se iria sentir por ter de passar os dias inteiros à minha espera fechado em casa, desisti rapidamente da ideia. Se calhar vou antes arranjar um peixinho...