sexta-feira, fevereiro 29, 2008

29 fev

Hoje não pude deixar de escrever, nem que fosse a maior parvoíce do século, porque quero deixar aqui gravada esta data: 29 de fevereiro. Só daqui a quatro anos posso voltar a fazer o mesmo... e é se nessa altura ainda possuir este blog... como nunca se sabe o dia de amanhã, cá fica portanto uma mensagem da treta com uma data fora do vulgar...

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

spams

Hoje não estou com muita inspiração para escrever. Vou apenas, mais uma vez, deixar publicidade ao blog da minha prima Ana escultora. Isto porque os últimos desenhos dela, sobre o spam que constantemente nos aparece nas caixas de e-mail, a informarmo-nos de todas as alternativas que temos para enlarge o nosso pénis que não temos, me fez rir imenso!!
Está em www.ilustrana.blogspot.com

terça-feira, fevereiro 26, 2008

No I In Threesome

Interpol, 2007, Our love to Admire


Through the storms and the light
Baby you've stood by my side
And life is wine

But there are days in this life
When you see the teeth marks of time
Two lovers divide

Sound meets sound, babe
The echoes they sorround
All that we need is one thing
What is there to allow

Babe, it's time we give something new a try Alone we
may fight so let us be free

Baby tonight, I see your lips are on fire And life is wine
Now the windows are open The moon is so bright There's
no one can tell us what love brings For you and I

Sound meets sound, babe
The echoes they surround
All that we need is one thing
What is there to allow

Babe, it's time we give something new a try Alone we
may fight, let us be free tonight

Through the storms and the light,
Baby, you've stood by my side
And life is wine

Do you feel the sweet breath of time?
It's whispering its truth not mine
There's no "I" in "threesome"
And I am all for it
Babe, it's time we give something new a try Alone we
may fight and feathers bend like trees in the moonlight
Babe, it's time we give something new a try Alone we may
fight So just let us be three tonight

Interpol - No I In Threesome

O escafandro e a borboleta

O bom tempo voltou e agora já parece mesmo primavera. Embora eu pense que isto depressa pode ficar outra vez a 10ºC...
No fim de semana passado fui ver um filme que tinha deixado escapar quando esteve nas salas de cinema há uns meses atrás: O escafandro e a borboleta. Já tinha uma ideia do que me esperava e confesso que estava com um pouco de receio de ficar com um estado de espírito depressivo depois de o ver. Mas não. A desgraça é muito bem contrabalançada com o sentido de humor do narrador.
Aprendi bastante com este filme. É aquela história de que de um momento para o outro a nossa vida ou a dos que nos rodeiam pode mudar drasticamente, etc, etc. Sim, isso é uma das conclusões básicas lá presentes. É muito importante ter essa consciência, sem no entanto ficar paranóico.
Mas outras ideias interessantes estavam também lá focadas. Por exemplo, a dedicação que pessoas que não o conheciam pessoalmente antes do AVC tinham à sua causa. A determinação delas em fazer da vida dele algo a que se pudesse dar o nome de válido. A tristeza e a raiva com que a sua ortofonista recebeu a frase "quero morrer". O facto curioso de que nenhuma das ex-namoradas ou amantes tenham lá aparecido para o visitar e ajudar a ultrapassar aqueles dias tão iguais e vazios. Que solidão assustadora. A mãe dos seus filhos (que ele abandonara) era, no final de contas, a única presença feminina do seu passado. E os próprios miúdos, a única família de sangue que podia estar presente. É um bom filme. É uma história verídica.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

:-)

O meu sobrinho está transformado num tagarela... Ontem estive a tomar conta dele ao fim do dia e princípio da noite. Viajámos no meu carro e senti-me tão feliz por poder estar acompanhada com ele. Conversámos sobre as coisas simples do seu mundo, os carros que ele tem, o que tinha feito na escola, o nome dos seus amigos, cantámos músicas sem letra e só com berros, imitámos o som de vários animais, contámos infinitas vezes de 1 a 20... Ouvir as gargalhadas dele e dar por mim aos berros a dizer coisas sem sentido é do melhor que me pode acontecer. Claro que ouvi-lo dizer que sou muito bonita ou muito fofinha ou que tem saudades minhas também é óptimo! Mas a alegria com que ele me contagia é a melhor dádiva que me pode dar; e ele nem sequer tem a noção de que o faz, o que é ainda mais fantástico! O que me fez rir muito foi ele me ter começado a chamar sobrinha, por eu lhe chamar sobrinho a ele. Agarra em todas as palavras novas que conhece e transforma-lhes o género, sem sequer se importar se estão ou não adequadas à situação... :-)

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

filmes

Esqueci-me de fazer aqui o comentário ao Cassandra´s Dream, que já vi há algum tempo. Apesar de estar num estilo bastante diferente do Woody de antigamente, gostei muito do filme. Esta abordagem ao pior que existe na natureza humana é um tema que me interessa. Não pelo seu lado mórbido, mas pela fraqueza que demonstra. Nós somos realmente seres muito complicados e desconhecidos, até para nós próprios. E isso é, no mínimo, assustador. Assustadora é também a ideia, muito debatida entre os protagonistas, de que depois de ultrapassar certas linhas, já nada voltará a ser como dantes...

Lust, caution do Ang Lee. Será que a fronteira entre os nossos próprios desejos e os dos outros são mesmo tão ténues? Será que temos sempre de agir baseados num extremo? Coração ou razão? Ou ambos numa mistura complicada?...

Outro filme, Into the Wild. Bravo, Sean. Gostei muito. Achei o filme perturbador e forte no sentido em que, ao longo daquelas mais de duas horas, me levou a muitos estados de espírito diferentes, quase todos com base muito radical. No fim, obriga a pensar de forma muito temperada e equilibrada, fazendo uma reflexão sobre o que realmente somos e o que queremos da nossa existência. Ufa. Já passaram muitas horas desde que vi o filme, mas na minha cabeça ainda ecoam todos os pensamentos que me ocorreram naquelas horas...

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

chuva

Hoje à noite choveu como se não houvesse amanhã. Já não me lembro de ouvir chover e trovejar tanto. Fartei-me de acordar com o barulho da chuva a bater de encontro aos vidros e, como resultado final, sinto-me cansada e cheia de frio. Ao sair para a rua deparei-me com trânsito, carros avariados, ruas fechadas por alagamento... enfim, acho que hoje de manhã se viveu o caos em Lisboa.
Agora já são 3 da tarde e o sol resolveu aparecer para acalmar os desânimos e aquecer um bocadinho este dia tão triste e gelado. Se não me andasse a sentir bem disposta, era um dia muito propenso a estado de espírito depressivo.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Dream on Girl

hoje de manhã vim para o trabalho a ouvir esta música na radar...

sábado, fevereiro 02, 2008

Darjeeling Limited

Fantástico! Por várias razões.
Pela cor.
Pela música.
Pela melancolia que se misturou com a alegria e voltou a dar melancolia.
Pela transparência das personagens.
Pelas vezes que sorri enquanto via o filme.
Por me ter apetecido imenso meter-me num daqueles combóios e partir também numa viagem espiritual pela Índia (e por isso fica aqui também uma foto que o A. me enviou no ano passado!).
Pelo Adrien Brody (confesso, esta foi uma das razões fortes; apesar de ser um trinca-espinhas o homem tem um estilo...).



(ando mesmo cine-viciada...)

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

justiça?

Hoje fiz uma remodelaçãozinha no layout do blog. Em parte para comemorar comigo mesma o ter acabado a primeira versão da minha tese, que irá agora ser submetida aos olhares críticos dos meus (três) orientadores. As últimas palavras foram as que custaram mais a sair. Acho que por já estar um bocado saturada de passar os meus dias inteiros a pensar nos mesmos temas. Agora preciso de uma pausa de alguns dias para poder voltar a olhar para tudo com outros olhos.
(É incrível como estas minhas últimas palavras são válidas para o trabalho mas para tudo o resto na vida também).
Ontem fui finalmente ver o filme "Atonement"; em português "Expiação" (finalmente uma tradução bem feita!). Gostei. Ia preparada para um drama do pior e devo ter exagerado tanto nessa preparação que acabei por achar que o drama era grande, sim, mas nada que não conseguisse aguentar visualizar no ecrã. Mais uma vez a grande máxima de que quem se lixa é o mexilhão pode ali ser aplicada. Há pessoas a quem tudo acontece, apesar de, aparentemente, não o merecerem. Realmente há forças contra as quais não se consegue lutar. Parece que a desgraça está pré-destinada. E atenção, eu não acredito muito nas coisas do sobrenatural ou na teoria de que um deus potente e omnipresente se está a divertir, jogando com as nossas vidas como lhe apetece. Mas acredito que há condições que se conjugam para tudo correr muito bem... ou muito mal... Agora a questão de quem é que controla essas condições, essa é mais complexa. Não tenho resposta para isso. Quem me dera ter, porque esse ser já me tinha ouvido! A vida pode mesmo ser injusta, por vezes. Foi injusta para os personagens do filme. Eu sinto que há ocasiões em que é também muito injusta para comigo e para muitas outras pessoas que conheço, e de quem gosto. No fundo deve sê-lo para quase toda a gente, pelo menos numa ou noutra ocasião das suas vidas. Não sei.

Esta semana encontrei-me com a M., que veio viver para Portugal durante 3 anos, acompanhando o seu homem. Identifico-me com ela porque já vivi algo semelhante. Já fui emigrante no meu próprio país. E senti-me pior do que se tivesse ido para 5000 kms de distância, disso tenho a certeza. Gostaria de contribuir para que ela se sinta melhor do que se sente actualmente. É a rede de ajuda que eu defendo há montes de tempo e que poderia fazer do mundo um local muito melhor. Acho importante ajudar pessoas, mesmo que não tenham sido exactamente elas a ajudar-nos previamente. O importante é que outras ajudaram. E que podemos contribuir para melhorar a vida de outras.

Vou-me embora de fim-de-semana...