terça-feira, março 20, 2007

A vida dos outros

O filme da noite passada.

Fiquei a pensar nele e as suas imagens e diálogos andaram a saltitar nos meus neurónios enquanto dormia. Misturados com muitos outros temas. Estas noites de grande agitação onírica deixam-me cansada mas, ao mesmo tempo, com um sentimento de que estou muito viva. São as noites de limpeza cerebral, como eu gosto de lhes chamar.
Recomendo.
Não há nada que se faça que não nos ensine algo. Bom. Ou mau.

No fim do filme, enquanto via passar o genérico, de luz apagada na sala do cinema (um ritual que continuo a preservar e que felizmente ainda é possível fazer em algumas salas de cinema da capital), lembrei-me do meu 9º ano na Escola Secundária de Carnide e do dia de 1989 em que a minha professora de História entrou na sala a dizer-nos que estávamos a viver um momento que ficaria para a eternidade da humanidade, por muitas e variadas razões: a queda do muro de Berlim. Foi realmente um momento histórico, no matter what. A que a minha geração assistiu. Feitas as contas, já passaram cerca de 18 anos desde então. Senti-me estranha naquele momento, na penumbra da sala de cinema. O sentimento de quem assistiu a um acontecimento na época da sua ocorrência e que está agora na fase em que, anos mais tarde, assiste a um filme sobre esse mesmo acontecimento. Deve ser isto o estar crescida?!...

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